AMOR GLORIFICADO

Meu amor!
Quando vejo os teus cabelos brancos
não enxergo a velhice . . .
Mas o amor infinito
Uma dedicação incansável
Dádiva que só é concedida
As pessoas que vivem Unas com DEUS
Que colocam ELE como primeiro
E o resto nos é acrescentado . . .
Fui agraciado porque nos econtramos
Viver estes anos ao teu lado
Me fizeram um ser feliz, amado, realizado . . .
Cinco filhos,cada um traz a tua doçura
Em um a compaixão,noutro a sabedoria. . .
A fé que te caracteriza, está em todos
Hoje entendemos o que é ser
Uma só carne, um só espírito
Fomos construíndo dia após dia este casamento
E voce é a liga sustentadora
As palavras são pequenas para demonstrar
A sua grandiosidade
Mas servem para não deixar passar em branco
A oportunidade de te agradecer e mais uma vez dizer
Que te AMO!!

SALADA DOS BIXOS

Fui visitar um sítio pertencente a srª "Gacavaleitoa",aparentando ter acima de oitenta anos, viúva,germânica,adorava a vida, flores, plantas, animais, a natureza de uma forma geral.Usava chapéu de palha com abas largas, um lenço sobre a cabeça amarrado junto ao queixo, gordinha,usava vestido xadrez, com comprimento até as canelas.A tudo agradecia a Deus. Cheguei na época que as fêmeas das mais variadas espécies tinham procriado.Os animaiszinhos se locomoviam rápido fazendo enorme bagunça, cãeszinhos entravam no chiqueiro misturando-se com os filhotes da leitoa,eram puro lodo, fediiidos,tentavam mamar,as porcas não se importavam eram mansas.Para nossa surprêsa lá vinham os gatinhos persas curiosos atrás de seus amiguinhos,tanto barro e nós não sabíamos quem era quem tamanha desordem,bastava um grito diferente,um relincho, um mugido, saiam todos assustados correndo para a grama onde os filhotes de coelhos zombeteavam, os invasores mordiscavam as cenouras, carregavam sapatos, sacolas plásticas, chinelos, tudo espalhavam.Quando a fome chegava corriam para suas progenitoras, enchiam a "pança" e dormiam na posição que estavam, por vezes com o bico das tetas na boca, um sono profundo, angelical.Meia hora depois corriam na margem da lagoa onde os patinhos nadavam em filas seguindo suas mães, flutuavam, ensaiavam seus primeiros gritos:" Quaac! Qrruaac! Qrrac!"claro que o timbre era engasgado, rouco, falho, ainda eram bêbes. No mesmo instante os pequenos felinos os observavam na orla miando, por vezes adentrando e se molhando, repentinamente sumiam, um silêncio total . . . , ouvia-se apenas o tilintar das folhas sêcas que caiam com a brisa que soprava naquele início de verão. Os pássaros cantavam descompassados, pareciam gritar de sede.Indaguei a idosa sobre o repentino desaparecimento dos filhotes, pegou-me na mão e fomos até o depósito de cereais e lá estavam, todos misturados nos sacos furados de trigo, os coelhos tentavam se esconder mas suas orelhas os traiam, os patinhos não voavam, não sei como estavam sobre as sacas, quando nos viam ficavam apreensivos, o medo era visível nos seus olhinhos, sabiam que fizeram arte, entretanto a caridosa mulher agachava-se e os acaricíava com gestos e palavras, era o sinal do perdão, então a festa recomeçava, os porquinhos correm atrás dos coelhos, os caes furam os pacotes de milhos, minhas calças estão apinhados com os gatinhos que cravam as unhas e se prendem, os pintinhos chegam para participar da farra, nos retiramos. Isto foi como se dona "Gaca" dissesse: chega! vamos embora!" a turma vinha atrás.
Fiquei por três dias naquele paraíso, descansei me divertindo com a bicharada, aprendi sobre plantas, ervas, árvores, peixes, cultivo de hortaliças e cereais.Conheci uma diversidade de pássaros, outros animais como gansos, o famoso tô fraco, tartarugas, pombas,cavalos, tirei leite de vaca, tosquiei ovelha e tomei muito leite de cabra.

O ônibus businava junto a porteira era a hora da despedida, agradeci a hospedagem e todos estavam na volta para dar adeus, entrei no coletivo, pareciam tristes, em seguida iniciaram retorno, atrás dos largos quadris de "Gacavaleitoa", um exemplo de caridade, de amor e respeito pela natureza.

Psicose: O outro l

Décimo sétimo andar indica o paínel do elevador, a porta se abre , caminho no hall procurando o número 1706, a plaqueta identifica "clínica psiquiatrica".O corredor é bem iluminado, policiado por câmeras de segurança,antes de acionar o interfone vou até o final onde a parede é de vidro,tem-se a impressâo de abismo não quero perder a vista panorâmica.
Imóvel,teso, observo . . . apenas os olhos movimentam como peixes no aquário, a cidade está viva,lúcida,os carros transitam,os semáforos organizam os cruzamentos,as pessoas parecem formigas trabalhadoras, concentradas, os trombadinhas são os únicos relaxados.Meus pensamentos são como fumaça que aos poucos se dissipam, dando margem para outros e outros, vozes a cochichar,interpelar,indagar,provocar,destituídos de emoções, as minhas respostas são:não quero!não vou fazer!não me interessa! porém são insistentes,as vezes acabo viajando nas fantasias sugeridas.Neste momento uma delas está a sugerir que eu voe,me arremesse,salte,argumentando que outros não conseguiram,entretanto experimentaram sensações indiscritíveis,mas voce consegui,a liberdade . . .Não!Não!!Não!!! . . .retruco. . . sim!sim!!simm!! . . . começo a destravar a janela,abro-a, o ar quente aquece meu rosto,as poluições penetram, inclino a cabeça para ter noção da altura,os joelhos tremem, as solas dos pés doem, o coração está disrritimado, hesito . . .continua!continua! voce está indo bem!homem corajooso! murmura a coisa.Ponho uma perna para fora,fico a cavalo na abertura . . .isso !vai!vaai amigão!!me incentiva.Lá embaixo os transeuntes formam grupos,começam a olhar do mesmo modo como as galinhas bebem água,apontam,gesticulam,gritam,pára!pára! . . .coloco a outra perna,fico sentado olhando as criaturas nos prédios vizinhos, estão todos nas aberturas a gritar,volta!voltaa!não!nãoo! sorrio angelical, aludo com o polegar.Nas calçadas os curiosos se espremem,carros param atravessados,a polícia com alarme a todo pulmão vem abrindo espaço para o caminhão dos bombeiros.Ouço vozes no megafone, o meu parceiro instiga:" pula! puula! voa! vooa!! não perde a oportunidade de ficar famoso,jornais,redes de tv estão lá embaixo, tu nunca conseguiu te realizar,no casamento,no trabalho, teu relacionamento com os filhos é pífio,mostra que tem coragem,tua família vai se orgulhar e mais . . . mais . . tudo num milionésimo de segundo, vai!vaiii!. . . DECIDO! DECIDO! nunca fui decidido mesmo, voltava sempre atrás mas agora não! minha cabeça começa a girar,megafones,sirenes,vozes,vozes, vai!vai! não!nãoo! cadê o homem resolvido! frouxo!frouuxo! me ergo,parece que cresci dois metros, tamanha a altura que me sinto, agora estou sorrindo porque todos aplaudem,sou ovacionado,vou dar muitos autógrafos, o carro dos bombeiros veio para mim desfilar a céu aberto, DECIDE! DECIDEE! abano para a multidão, deve ser assim que Getulio Vargas se sentia durante seus discursos inflamados, um pop star! grito: vou! vouu!! pronto,era como saltar na piscina,no início a indecisão, o receio, o impulso sem pensar e lá estava eu em queda livre,sorrindo, toda atenção era só minha,um show! as cabeças não acreditando no viam,por um momento pairei no ar como beija-flor,descia como folha de papel aberta,não sei porque enxergava meus avós,pai,tias,primos,todos falecidos em meio a multidão.Comecei a ganhar velocidade e fui me aproximando da população rapidamente,engraçado não sentia frio na barriga, o salto foi amortecido nos cabos de alta tensão que chameram meu físico,um barulho sêco, era o choque com o meio fio,sangue por todos orifícios, o santinho de São Expedito que saía do bolso da camisa . . . sinais da cruz,vozes,tá vivo,tá morto, meus olhos arregalados via muitas caretas, orações . . .tudo terminado,não tenho mais contas a pagar, ex mulher a cobrar pensão . . .Sr Inri Cristi! Sr Inri Cristi! o enfermeiro do médico me chamava enquanto tentava forçadamente tirar a trava da janela,ela havia sido soldada, porque aquela construção ficara famosa pelos suicídios cometidos, a fiscalização da prefeitura obrigara o condomínio a colocar grades,proteger aquele local, uma voz ecoa nas minhas costas,-" sr, o doutor lhe aguarda", - o mesmo profissional avisado pela recepcionista que me assistira o tempo todo pelas câmeras de segurança . . .

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Este é um exemplo clássico de como somos invadidos pelo inimigo, é colocado uma sugestão acompanhada de prazeres carnais, como ter glória, ter fama, o sucesso a qualquer custo, aqui o emprego da vaidade, ( passeio no carro de bombeiros), se sobrepoe a outros valores, o inimigo vem para matar, roubar e destruir. Somado a isto um indivíduo despreparado, fracassado em todas as áreas e ainda por cima em tratamento psicológico, a aberração não tem piedade, quer ver os filhos de Deus exterminados, quantos exemplos vemos no nosso dia-dia, alcoolismo,drogas, famílias inteiras sendo exterminadas.

Já o nosso Pai nos pré-destinou para o amor, para o melhor, tanto que deixa a decisão do nosso futuro em nossas mãos.Em Ísaias 1:18 a 20, "" Vem! vamos conversar, mesmo que os vossos pecados sejam com escarlate, tornar-se-ão brancos como a neve, Se quiserdes e Me ouvirdes comereis o melhor desta terra! Não há invasão, há muito respeito por sua obra prima.Meu irmão! pare de carregar o que muitos chamam de carma, de cruz,Ele já carregou tudo! A parte Dele foi feita, só nos resta obedecer, e deixar as bençãos nos seguir, Vem, Vemmm ....

DEIXA NÓIS VORTÁ

SEU MOÇO,
PERA LÁ!

NUNCA PEGOU
NA ENXADA
AGORA QUÉ TERRA
PRA PRANTÁ?!...
PERMEIRO NÓIS
QUI FUMO EXPURSO
NA ECUNOMIA
DA DITADURA

DEIXA NÓIS VORTÁ!
O CAMPO É O NOSSO LUGÁ. . .

TAMO CANSADO
DO ASFARTO FERVENDO E...
LÁ VEM OS FAZENDEROS
QUM SUAS ARMA
E TEMO QUE SAÍ CORRENDO

DEIXA NÓIS VORTÁ!
O CAMPO É O NOSSO LUGÁ...

NOSSOS FIUOS
TÁO GRIPADOS
OS CASOS DE PENEMONIA
SÃO ABAFADU
MUNTOS CUMPANHERO DESISTIRO
POR NÃO CREDITÁ
QUI A TERRA PROMETIDA
VAI CHEGÁ

DEIXA NÓIS VORTÁ !
O CAMPO É O NOSSO LUGÁ...

OSEIS VIVE DE LOGRÁ
GANHA TERRA E VENDI!
GANHA TERRA E VENDI!
O POVÃO NOÉ BESTA,SÔ!!
JÁ VIRO ONDE TÁ
A SACANAGI!
SÓ QUI NÓIS TAMO
NO MESMO SACO!

DEIXÁ NÓIS VORTÁ !!
O CAMPO É O NOSSO LUGÁ . . .

CONSTRUA

Construa . . .
a tua profissão
estudando dia-a-dia
buscando sempre a renovação

Construa . . .
As tuas amizades
servindo ao teu irmão
ajude com seus problemas
a encontrar a solução

Construa . . .
O teu casamento
seja fiel, sem finjimento
valorize teu companheirO
que cada palavra seja uma flor de jasmim
para que no final da vida,
voce tenha um jardim.

Construa . . .
O teu lar
seja o comandante,
com teus filhos, vigilante
para que sejam teu orgulho,
a tua riqueza
o mundo será melhor com certeza

E

durante a empreitada
converse com o Mestre de obras
o engenheiro "JESUS"
como sua mãe
faça tudo o que Ele disser
e na passagem desta para outra
ganhe uma ponte de brinde . . .

A PONTE DA SALVAÇÃO . . .