segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

BUMERANGUE

EU SOU VOCE,
VOCE É EU,
EU SOU VÓS,
VÓS SOIS EU,
EU SOU ELES,
ELES SÃO EU

Portanto:

O que fizeres a eles,
fazeis a MIM e a Ti,
quando Me condenaram,
se salvaram,
não é só cravando um prego
que sentimos dor nos ossos,
não é só cravando uma lança
que sentimos a dor de uma punhalada,
o beijo de Judas por exemplo . . .
a crucificação na Cruz,
é pequena comparada
ao que me fazem hoje,
Me drogam, Me queimam, estupram,
Me deixam com fome, com sede. . .
nestes dois mil anos já Me mataram milhões de vezes,
Poucos Me amam,
ou
Poucos se amam,

EU SOU O TODO,
O TODO SOU EU,
EU SOU O TUDO,
O TUDO SOU EU,
EU SOU O AMOR . . .

O AMOR É VOCES . . .

CAÇADORES

Retumbam
os tambores,
os negros correm
mata a dentro
olhares apavorados,
desesperados . . .
suas peles escuras
agora esbranquiçadas
anti ao pavor.
............................................
como pássaros
na margem
do grande rio,
revoam na chegada
do predador.
.............................................
na fuga
roçam-lhes as matas
e os espinhos,
o que nada sentem
pois estão anestesiados,
sabem que muitos vão morrer,
outros tantos
as redes vão colher,
só restarão . . .
os velhos . . .
os choros . . .
lamentações . . .
saudades . . .
revoltas . . .
e os
porques???
escrito 1995

sábado, 27 de dezembro de 2008

VOZ DO CORAÇÃO II

O começo das dores já se faz sentir na terra há algum tempo, o desamor acelerou, teem a razão, mas vivem como animais, não ouvem a voz que vem do coração, se deixam possuir como bois para o matadouro. Certa vez tirei de vós os malignos e os coloquei em porcos e agora permitiram que voltassem, eles se multiplicam como fermento, rápido e sem contrôle.
Mãe! porque choras por teu filho? o que plantaste no coração dele?
Pai! queres viver a tua vida, ser feliz, irresponsável!! Não aprendeu que ela é uma corrente, que seus espíritos estão ligados, olhe quem foi teu pai e vejas o que tu és! Não adianta teres formação, se teu espírito é Fariseu ou Jezabel.
Quando Eu digo não cheguem perto do fogo, não cheguem!! não é assim que agem com vossos filhos? continuam comendo do fruto proíbido e não sabem por que choram, Me consideram ultrapassado, radical, vivem arrumando desculpas para aliviar a culpa de vossos erros.
A VIDA é tão simples porque complicam, porque querem dirigir os outros, nem Eu quero!
Se respeitem, se ajudem, se amem . . .os princípios são claros, Eu os vivi!


2008.

VOZ DO CORAÇÃO I

Bem aventurados

Os servos . . .

Bem aventurados

Os persistentes . . .

Bem aventurados

Os que distribuem . . .

Bem aventurados

Os que comungam . . .

Bem aventurados

Os que participam . . .

Bem aventurados

Os que crescem . . .

Bem aventurados

Os que tem fé . . .

Bem aventurados

Os que entram em Israel . . .

Bem aventurados

São e Serão . . .



2008.

POETA

O poeta tem seu mundo
Vive na clausura do seu egoísmo
Alimentando-se de fantasia
Que nunca se torna realidade
Nem mesmo com passe de magia
No amor busca a perfeição
Sua vida é uma ficção
Via ja com a imaginação
Busca em tudo o lirismo
Como se vivesse numa canção
Idolátra quem se foi
Critica quem ficou
De repente percebe
Que seu castelo de areia
O vento levou
Quando tem repentes de realidade
Entra em depressão profunda
Encolhe-se para dentro do seu casco
Numa tristeza. . . que a todos inunda.

escrito em 1995

Mãos calejadas, pele torrada
Lá vai o Zé com sua enxada
Revirar o torrão, que não lhe rendeu
Nos últimos anos nem um tostão
Costelas de fora
Meio quilo de farinha na barriga
Sente que seus dias estão contados
Mas não perde a esperança de chuva
De ver seus campos esverdeados
Até a lagarta emigrou
Nem ele sabe porque ficou
Quando tinha forças muito orou
Continua esperando quem sabe um milagre
Aqui onde cinco filhos enterrou
Qualquer hora no meio do deserto tomba
Servirá de comida para as aves que ali ronda
E tudo estará acabado, nunca será lembrado
Pois seu pai não tinha lhe registrado.
escrito em 1995.

domingo, 21 de dezembro de 2008

ESPERANÇA

Maria cabisbaixa observa o trabalho das formiguinhas carregando folhas enormes para dentro das tocas, engraçado - pensava - elas andam todas pelos mesmos carreiros - eram avermelhadas, pequenas, não aquelas miudinhas que nem se enxerga, cuja a mordida é terrível, sua admiração aumentou quando viu um bando delas arrastando uma grande barata, aquele animal devia ser suculento, porque transportavam com vontade, ao lembrar de prato gostoso parava no tempo( ),e sua infância vinha à memória, os almoços de domingo com seus pais, a mamãe Hildegar tinha mãos especiais, a família obesa culpa dela,inventava aquelas delícias de tortas,cucas,assados.Mas deixa estar que em matéria de culinária herdara tudo da matriarca.Quando as suas três filhas eram menores lambiam os pratos, xingava aquelas alemozinhas pela falta de educação, no que corriam com os narizinhos sujos ora de feijão, ora de cremes.Enquanto viajava no tempo sentia que seu corpo era movimentado, ouvia vozes tipo: -"tira a Maria da área, está na hora dos remédios - outro exclamava - " iihh! tem que trocar as fraudas dela, não dá prá agüentar o fedor, misericórdia!" - a resposta - vai ter que esperar! tenho cinco "veios" na frente prá da banho,deixa aí fora então! a família que devia estar aqui sumiram! tudo madame! deixa aí!"- E aquela senhora de oitenta e nove anos ficava lá murmurando uma canção de ninar em alemão, observando as moscas que pairavam nas feridas das suas pernas.Foi internada pelas filhas no asilo, " Coração de Cristo", instituto particular, destinado a pessoas de baixa renda, o grupo era heterôgeneo em idade, sexo e nas doenças, misturavam-se, paralíticos com cegos, tetraplégicos e os que restavam dos "AVCs".
No outro dia era a mesma coisa, tudo igual, vez e outra tinha momentos de lúcidez e chorava,chorava, seu peito parecia que ia rebentar, seus olhos inchavam, seus "tratadores" diziam: -" lá tá a véia chorona outra vez, ahh! não tenho mais paciência, com este salário vou sumi!"- ela refletia . . .falava com Deus, -"onde foi que errei, me perdoa, tenha misericórdia, me leva para junto de Ti, cadê minhas filhas? será que morreram?não pode ser, minhas filhas!"- gritava - uma voz respondia- "não morreram não vó, te abandoram mesmo! mas elas vão paga! vão pagaa!" - Maria retrucava - "elas morreram, voces não querem me contar!" e chorava, chorava. . .
Chega sábado, é dia de visita, os velhinhos amanhecem ansiosos, querem tomar banho, fazer a barba, ficam cuchichando uns para com os outros, hoje o meu filho vai vir e o outro, a minha esposa Cecília vai trazer os meninos e as meninas, uma senhora quer pintar as unhas,colocar colar,pergunta onde está o baton.Após o almoço sentam-se uns na frente , na varanda, alguns ficam próximo ao portão de entrada seus coraçõeszinhos saem pelas suas bocas, tal ansiedade, olham os carros que desfilam na rua, passam os brancos, os cinzas,os amarelos,verdes, pretos, o sol começa a baixar e nenhum sinal dos parentes,neste momento um grupo de uma igreja vem entrando e cantando, louvando, eles participam conforme entendem, os crentes se vão e tudo volta . . . não . . . não volta ao normal, naqueles instantes souberam da morte de uma vózinha companheira, naquela semana já somam três que partiram e o resto da noite vira em gemidos,choros,lamentações, Maria com as auréolas vermelhas se compadece dos parceiros e nela uma esperança se aviva a cada hora, que a próxima será ela,tem que ser ela!.
ONDE ESTÁ O NOSSO VELHINHO(A),ESTAMOS AQUI GRAÇAS A ELES!!

RIO dos SINOS

Rio,
Que tanto pesquei
Quantas saudades das vezes
Que no teu leito
Brinquei . . .
Aos domingos,
Em tuas margens,
O "pique-nique" se formava,
Um casal de barco
No teu seio passeava.
Minha infância
Nas tuas águas
Foi banhada . . .
Sobre tua correnteza
Muitas estórias foi contada.
Vítima do progresso,
Teu ambiente,
Não foi respeitado,
Hoje sofremos conseqüência
De um capitalismo desenfreado
Essa fonte de lazer
Agora se esgotou,
Nossas crianças não tem mais
Aquele que nos alegrou
Vozes se levantam
Para tua ressurreição
Espero que em breve
Chegue a salvação.
escrito em 1996.

CIDADE GRANDE

Larguemu as nossa prantação
Atraídos pelas coisa
Que via na televisão . . .
Eu a Genoca e quatru fio
Punhemu as coisa num sacu
iii i i . . .
Cheguemu na estação de POA
Pensemo que ia ser recebidos
Pela população . . .

Na chegada . . .
Sentimu a frieza . . .
E logo percebemo
que nóis era seis paiaço de outro munDÃO!
Vortá não dava mais . . .
O jeito era enfrentá
Pedindo a Deus nus ajudá . . .
Assim seu moço
Começa nossa istória de sofrimento
Passamus tanta coisa
Que não tem cabimento . . .

escrito em 1997.

PORTADOR

Na busca da vida . . .

Encontrei a morte

Na procura do amor . . .

Não me dei valor

Esqueci que era filho do Senhor

Hoje . . . vivo de favor

Perdão mamãe!

Perdão papai!

Sou de novo

Uma criança indefesa . . .

Só que agora

Não é mais aquela . . .

Dorzinha de barriga . . .

Está fora do alcance de voces

Se eu tivesse forças . . .

Se o mundo ouvisse meus gritos . . .
Diria:
SOCORROO!... SOCORRO... SOCOrro . . .socorro . ..socorro. . .socor. .. ro. . .

Deuuuss! . . .DEUS. . .DEUS . . . DEUS PERDÃO! ...PERdãoooo. . .

escrito em 1995

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

SANTIFICAR

Perdoar é obedecer um mandamento, é o primeiro passo para sermos santos,
nos torna filhos legítimos, abençoados e o nosso limite é o infinito (DEUS).Liberar perdão é soltar
a energia medicamentosa que cura, fortalece, revigora.É abrir caminhos para a prosperidade, na família, no trabalho, na sociedade,ter alegria de viver em comunhão com o Pai, nos sentirmos Uno com ELE, é ter a mente de Cristo levitando na sua graça.Perdoar é ter a humildade de saber que precisamos ser perdoados.Perdoar não é apenas zerar e começar de novo, mas um ajudar a erguer, dar as mãos tendo a consciência que fazemos todos, parte de um só corpo, é desindividualizar.É COMEÇAR A CAMINHAR NA ESTRADA DA ETERNIDADE!

FELIZ NATAL

Por muitos anos senti fome
E o teu alimento estava lá, ali, aqui
e eu não via...
E eu não queria, para quê?
eu me bastava...
Sentia sede e o teu sangue, estava lá, ali, aqui
e eu não via...
e eu não queria, para quê?
eu me bastava.

Até que o sofrimento causado pelos meus erros,
me fizeram percebere, que preciso de Ti Senhor!
que sou especial sim! mas no contexto, faço parte de um todo.
Por isso a cada hora, a cada dia, a cada natal, me renovo
em Ti Senhor!
Que a paz esteja com todos! Amém

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

MINHA FESTA

Alguém bate a porta. . .
Não atendo continuo com minha festa,tudo é alegria,cantorias,músicas,
bebidas e muita folia.
Batem de novo. . .
Faço que não ouço, não vou perder um minuto daquela bagunça,
tenho que viver intensamente o dia de hoje.
As horas passam e com ela vem a chuva, o temporal é torrencial,lá fora
está tudo as escuras, sem eletricidade.
O meu ambiente é sensacional, o mundo pode acabar, pouco me importa.De repente
o apagão também está na casa, melhor, no escuro ninguém vê nada, é uma algazarra só.
Estranho! Uma luz forte passa pela fresta da porta que chega a ofuscar minha visão.Ah!
deve ser os faróis de algum caminhão.
No breu a porta se abre, entra um vento forte, senti um arrepio, ao mesmo tempo paz, a minha lucidez volta a se enebriar com a porta fechando.
Continuo. . . orgia. . . festa. . . gritaria . . . ódio. . . me agrido . . . choro . . .
Neste momento a campaínha soa estridente, paracem ter urgência,
sem paciência toca, toca. . . uma voz clama para abrir, arrasto-me no chão,
cheio de dores, busco algum amigo, mas todos se foram. . . ouço gritos - "meu filho abre! abre meu filho!" - não tenho forças . . . a abertura cai, vejo novamente um clarão, sinto
sossego, um Senhor toma-me no colo e diz: " filho querido! estive a noite inteira lá fora,
bati e tu não abriu, entrei e não me viste,não tenhas medo, deixa EU cuidar de ti".
A chuva cessou, a escuridão deu lugar ao amanhecer e pela janela pude ver que era primavera,
os pássaros cantarolavam, revoavam, senti o perfume das flores, voltei-me para falar
com o desconhecido e ELE já ia longe, deixara sobre a mesa um livreto com o titulo,
" Novo Evangelho", corri gritei, - qual é o seu nome? - Virou-se com um sorriso largo que me emocionava e disse: JESUS! . . .